Caiu em golpe do pix: há como ser ressarcido pelo seu banco?

Lançado em 2020, o pix tornou-se o principal meio de transação bancária do país, porém também virou alvo de criminosos. Segundo reportagem publicada no G1, 4 em cada 10 pessoas já sofreram tentativa de golpe.

Como ocorre o ‘golpe do Pix’ e como ele é executado?

A artimanha do Pix constitui uma variante de fraude econômica que se vale da falta de conhecimento ou fragilidade digital da pessoa afetada para subtrair recursos através das transações bancárias.

3 principais golpes feitos por criminosos digitais:

Golpe do produto ou loja falsa: Após criar um perfil em uma rede social de uma loja falsa, os criminosos anunciam um produto com um preço atrativo, a vítima adquire o produto, faz a transação, eles recebem o Pix, mas não realizam a entrega da mercadoria ou enviam um produto diferente;

Golpe da central de atendimento: um indivíduo falso, alegando ser um funcionário do banco, entra em contato por ligação ou mensagem, solicitando transferências para liberar serviços ou evitar bloqueios;

Golpe do parente pedindo dinheiro: um dos mais comuns, consiste em clonar o WhatsApp de uma pessoa e pedir dinheiro a um parente dela ao simular uma história urgente ou dramática;

Caiu no golpe! Como recuperar o dinheiro?

  1. percebeu que está sendo vítima de golpe:

    Interrompa a comunicação imediatamente e busque entrar em contato com seu banco;

  2. Documente o golpe:

    Se a comunicação foi por whatsApp ou outro meio de mensagens, tire print das conversas, número de contato do golpista, chave PIX para a qual o valor foi enviado e número da transação. Tudo deve ser guardado e informado aos bancos;

  3. Acione o MED:

    Entre em comunicação imediata com o banco para ativar o Mecanismo Especial de Devolução, um sistema criado pelo Banco Central para recuperar os fundos. É recomendável acionar o mecanismo o mais rápido possível, embora ele permita a abertura de reclamações até 80 dias após a ocorrência do golpe.

    Ao ser acionado, o banco do fraudador bloqueia o montante e ambas as instituições (da vítima e do suspeito) examinam o caso com base nos perfis e alegações de cada parte, em um prazo de 7 dias.

    Se for confirmada a fraude, os fundos são transferidos da conta do golpista para a da vítima em até 96 horas, a menos que os recursos tenham sido sacados.

    Se a conta do golpista estiver sem saldo, a instituição financeira dele monitora as transações por até 90 dias, garantindo que todo o dinheiro seja restituído à vítima até a devolução integral do valor.

    Em todos os cenários, o banco não utiliza recursos próprios para reembolsar a vítima;

  4. Faça um boletim de ocorrência:

    O registro de boletim de ocorrência também é imprescindível para recuperar o dinheiro e eventualmente chegar ao cibercriminoso.

Não conseguiu recuperar seu dinheiro do golpe do Pix, e agora?

Seguiu todos os passos, é não conseguiu recuperar seu dinheiro, entenda que isso é comum. Seja por falta de detalhamento do golpe por parte da vítima, seja por demora para acionar o banco.

Destaco que não é possível à vítima acessar informações cadastrais da conta para a qual enviou o valor do golpe, o que torna essencial o registro de boletim de ocorrência para que a Polícia Civil solicite por meio de autorização judicial, ou através de requerimento direto no sistema judiciário.

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